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sábado, 10 de dezembro de 2011

Cildo Meireles - "rio oir" no Acervo UFG



Uma doação recente do Itaú Cultural , para integrar o Acervo UFG, um exemplar da obra sonora “rio oir”, de Cildo Meireles, será brevemente exibido no Centro Cultural UFG na mostra Arte Contemporânea Brasileira - Coleção Universidade Federal de Goiás. Apresentado pela primeira vez em outubro de 2011, na décima edição do projeto “Ocupação” do Itaú Cultural, “rio oir” foi concebido em 1976 pelo artista carioca cuja produção conceitual é marcada por um forte elemento político.



O projeto original previa um disco de vinil, que traria de um lado, uma combinação de diferentes sons de rios, e do outro, sons de risadas. Reeditado, agora ganhou um luxuoso formato de disco mudo (sem nenhum som gravado - apenas um objeto visual) com cuidada aparência embalada em acetato, mas respeitando ao conceito original da obra; dois cds acompanham esse novo vinil, são eles que reproduzem a atual pesquisa musical gravada. Num deles, Cildo apresenta os sons captados nos diversos locais do Brasil, inclusive no Parque Ecológico de Águas Emendadas, no Distrito Federal, onde a mesma nascente gera diferentes bacias hidrográficas.



No outro cd, Cildo apresenta uma composição de sons de risadas. Ambos cds, serão apresentados na mostra do CCUFG por meio de head-fones, assim, o público poderá fruir a obra tão somente de maneira individualizada, conforme o projeto de Cildo Meireles exige. Como instalação "rio oir" já foi apresentada num espaço cenográfico criado pelo curador do projeto, o arquiteto e pesquisador Guilherme Wisnik, e pela designer e professora da Esdi Noni Geiger, com a participação de Alice Chekroun, no projeto "ocupação" do Instituto Cultural Itaú.



Disse Cildo Meireles, “em 1976, quando morei em Petrópolis, fiz uma primeira anotação sobre esse projeto. Era uma ideia despretensiosa, baseada, sobretudo, no poder sugestivo do palíndromo, que se prolongaria por meio de uma imagem quase clichê: a Baía de Guanabara com o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro. O palíndromo, claro, estava justamente no título, rio oir, sendo que o ‘rio’ se refere às risadas, e o ‘oir’, ‘ouvir’, em castelhano, remete a esse rio virtual”.



Além da sonoridade, integrava a exposição do projeto "ocupação", imagens e vídeos da expedição que percorreu o país em busca dos sons utilizados na obra. As imagens apresentadas aquí no Blog, clareiam a proposta artística do Cildo, e são parte desses registros, elas são fotografias de Edouard Fraipont, artista belga naturalizado brasileiro e residente em São Paulo, que é antigo conhecido dos goianos, tendo sido premiado no VI Salão Flamboyant. Além de registros das águas, Edouard Fraipont assina também a belíssima imagem do Rio de Janeiro que ilustra o disco de vinil - "rio oir".

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